O Objetivo deste blog, é apresentar ideias e experiências para facilitar o trabalho dos professores no dia a dia, na vivência com nossos bens mais preciosos que são as crianças. Bem Vindos (a) !!!!!

quinta-feira, 28 de março de 2013

criança vê...criança faz...

Como se diz sempre..." A criança reproduz o que vivência..."
Sabemos que somos o melhor espelho para nossos filhos, assim como também para nossos alunos, por isso devemos sempre nos policiar, controlar nossos atos, e palavras...Para que o futuro de nossas crianças seja sempre melhor que o nosso.

Professores, encontrei esse vídeo, onde passa uma mensagem muito forte e importante. A ideia é usarmos esse vídeo nas reuniões de pais..Que tal??!!

segunda-feira, 25 de março de 2013

Jogos Pedagogicos

Sabemos que a criança tem uma facilidade nata para aprender tudo que esta ao seu redor.
Então por que não canalizar essa aprendizagem para sua vida diaria,para uma aprendizagem que lhe garanta uma qualidade de vida futura melhor? Pensando nisso, os Jogos Pedagogicos foram criados para facilitar, divertir e permitir que as crianças aprendam de forma prazerosa.

Pesquisei algumas sugestões de jogos para lhe auxiliar na construção do saber de seus alunos..




























Caso precise mais, é só deixar um recadinho que lhes enviarei.

Não esqueça que você professor(a), pode deve usar materias reciclavéis, e.v.a, cadarço, palitos, dentre outorsque estiver ao seu dispor.

Espero ter pudido contribuir mais uma vez com vcs.

Deixe seu recadinho!!!! 
 Obrigada!!!


sábado, 23 de março de 2013

segunda-feira, 18 de março de 2013

Professores..Leiam...Importante

No mundo em que vivemos, precisamos diariamente estar esclarecidos de todas as dificuldades que enfrentamos com nossos alunos. Eles apresentam várias dificuldades e é comum rotulá-los de qualquer coisa principalmente preguiçosos,....Que os pais não acompanham e coisas e tal..
Por isso, se informem, estude, busque informações para que você possa fazer a diferença com seus alunos.

OBS: Texto repassado pelo Profº Ms. Edson Martins.



A DIFICULDADE DE APRENDER, COMO DILESXIA, DISORTOGRAFIA E A DISCALCULIA
ANA PAULA MARTINS
Tem havido e continua a haver uma controvérsia considerável sobre como referenciar os doentes com dificuldade de aprendizagem. Deficiência mental e atraso mental são termos considerados politicamente incorretos, e dificuldade de aprendizagem pode ser confundida com situações de QI normal, mas com dificuldades específicas na matemática, leitura etc. Uma definição largamente aceite é:
  • Dificuldade de aprendizagem (atraso mental) refere-se a:
  • capacidade intelectual significativamente abaixo da média com um QI de 74 ou inferior;
  • limitação em duas ou mais das seguintes áreas: comunicação, atividades da vida diária (higiene alimentação), relação familiar, aptidões sociais, utilização de recursos da comunidade, aptidões académicas, saúde e segurança, tempos livres e trabalho;
  • manifestações antes dos 18 anos. Os indivíduos com dificuldade de aprendizagem grave (deficiência mental/ atraso mental grave ou profundo) apresentam também:
  • QI inferior a 50 nos testes de inteligência standard;
  • sinais claros de dificuldade significativa na aquisição de comportamentos de adaptação desde muito cedo, necessitando de muito mais apoio relativamente aos seus pares para participar com sucesso em atividades da vida diária;
  • habitualmente mostram alguma evidência de lesão do sistema nervoso central;
  • com frequência têm deficiências físicas ou motoras.
    Para clarificar a definição, os seguintes casos não estão incluídos na definição aceite de dificuldade de aprendizagem:
  • casos em que a dificuldade se manifesta depois dos 18 anos;
  • casos de lesão cerebral devido a acidente depois dos 18 anos;
  • casos de doenças médicas complicadas que afetam as capacidades intelectuais e que têm início após os 18 anos - por exemplo a coréia de Huntington ou a doença de Alzheimer;
  • casos com dificuldades específicas de aprendizagem - por exemplo dislexia, atraso no desenvolvimento da linguagem e casos de dificuldade em ler e escrever
As deficiências psicológicas de um doente não são os únicos fatores determinantes do grau de apoio social necessário para ser bem sucedido no seu ambiente específico. O caráter, a personalidade e a causa da deficiência são fatores muito importantes. Em geral, aqueles com deficiência profunda necessitam de vigilância 24 horas por dia, os que apresentam deficiência ligeira a moderada podem conseguir realizar algumas atividades da vida diária, mas em ambos os grupos o caráter, o comportamento e a personalidade têm um peso significativo.

1.  Dislexia


Dislexia caracteriza-se por uma dificuldade na área da leitura, escrita e soletração. A dislexia costuma ser identificada nas salas de aula durante a alfabetização, sendo comum provocar uma defasagem inicial de aprendizado.
A dislexia é mais frequentemente caracterizada pela dificuldade na aprendizagem da decodificação das palavras, na leitura precisa e fluente e na fala. Pessoas disléxicas apresentam dificuldades na associação do som à letra (o princípio do alfabeto); também costumam trocar letras, p. ex. b com d, ou mesmo escrevê-las na ordem inversa, p.ex "ovóv" para vovó. A dislexia, contudo, não é um problema visual, envolvendo o processamento da fala e escrita no cérebro, sendo comum também confundir a direita com a esquerda no sentido espacial. Esses sintomas podem coexistir ou mesmo confundir-se com características de vários outros factores de dificuldade de aprendizagem, tais como o déficit de atenção/hiperatividade, dispraxia, discalculia, e/ou disgrafia. Contudo a dislexia e as desordens do déficit de atenção e hiperatividade não estão correlacionados com problemas de desenvolvimento.
História
Identificada pela primeira vez por BERKLAN em 1881, o termo 'dislexia' foi cunhado em 1887 por Rudolf Berlin, um oftalmologista de Stuttgart, Alemanha. Ele usou o termo para se referir a um jovem que apresentava grande dificuldade no aprendizado da leitura e escrita ao mesmo tempo em que apresentava habilidades intelectuais normais em todos os outros aspectos.
Em 1896, W. Pringle Morgan, um físico britânico de Seaford, Inglaterra publicou uma descrição de uma desordem específica de aprendizado na leitura no British Medical Journal, intitulado "Congenital Word Blindness". O artigo descreve o caso de um menino de 14 anos de idade que não havia aprendido a ler, demonstrando, contudo, inteligência normal e que realizava todas as atividades comuns de uma criança dessa idade.
Durante as décadas de 1890 e início de 1900, James Hinshelwood, oftalmologista escocês, publicou uma série de artigos nos jornais médicos descrevendo casos similares.
Um dos primeiros pesquisadores principais a estudar a dislexia foi Samuel T. Orton, um neurologista que trabalhou inicialmente em vítimas de traumatismos. Em 1925 Orton conheceu o caso de um menino que não conseguia ler e que apresentava sintomas parecidos aos de algumas vítimas de traumatismo. Orton estudou as dificuldades de leitura e concluiu que havia uma síndrome não correlacionada a traumatismos neurológicos que provocava a dificuldade no aprendizado da leitura. Orton chamou essa condição por strephosymbolia (com o significado de 'símbolos trocados') para descrever sua teoria a respeito de indivíduos com dislexia.Orton observou também que a dificuldade em leitura da dislexia aparentemente não estava correlacionada com dificuldades estritamente visuais. Ele acreditava que essa condição era causada por uma falha na laterização do cérebro.A hipótese referente à especialização dos hemisférios cerebrais de Orton foi alvo de novos estudos póstumos na década de 1980 e 1990, estabelecendo que o lado esquerdo do planum temporale,uma região cerebral associada ao processamento da linguagem é fisicamente maior que a região direita nos cérebros de pessoas não disléxicas; nas pessoas disléxicas, contudo, essas regiões são simétricas ou mesmo ligeiramente maior no lado direito do cérebro.
Pesquisadores estão atualmente buscando uma correlação neurológica e genética para a dificuldade em leitura.

Causas físicas

Apesar de não haver um consenso dos cientistas sobre as causas da dislexia, pesquisas recentes apontam fortes evidências neurológicas para a dislexia. Vários pesquisadores sugerem uma origem genética para a dislexia.Outro fator que vem sendo estudado é a exposição do feto a doses exageradas de testosterona, hormônio masculino, durante a sua formação in-útero no ramo de estudos da teratologia; nesse caso a maior incidência da dislexia em pessoas do sexo masculino seria explicada por abortos naturais de fetos do sexo feminino durante a gestação. Segundo essas teorias, a dislexia pode ser explicada por causas físico-químicas (genéticas ou hormonais) durante a concepção e a gestação,dando uma explicação sobre os motivos de haver, aproximadamente, 4 pessoas disléxicas do sexo masculino para 1 do sexo feminino. Segundo essa abordagem da dislexia, ela é uma condição que manifesta-se por toda a vida não havendo cura. Em alguns casos remédios e estratégias de compensação auxiliam os disléxicos a conviver e superar suas dificuldades com a linguagem escrita.

Causas de má-formação congênita

Nessa teoria as causas da dislexia têm origem numa má-formação congênita que devem ser corrigidas por meio de cirurgia e tratamentos medicinais. Seguindo essa teoria:
Muitas dessas causas têm a ver com alterações do sistema craniossacral que precisam ser detectadas e corrigidas.
Muitas outras causas se referem ao sistema proprioceptivo que é um sistema que tem sido descurado pela medicina até muito recentemente.
Muitas outras causas têm a ver com o sistema fascial (fáscia), que é um sistema ainda não muito falado mundialmente.

Fatores que Influenciam a Dislexia

Os padrões de movimentos oculares são fundamentais para a leitura eficiente.
São as fixações nos movimentos oculares que garantem que o leitor possa extrair informações visuais do texto. No entanto, algumas palavras são fixadas por um tempo maior que outras.
Por que isso ocorre? Existiriam assim fatores que influenciam ou determinam ou afetam a facilidade ou dificuldade do reconhecimento de palavras, a saber:
  • familiaridade,
  • freqüência,
  • idade da aquisição,
  • repetição,
  • significado e contexto,
  • Regularidade de correspondência entre ortografia-som ou grafema-fonema, e
  • Interações.

A Dislexia como Fracasso Inesperado

A dislexia é uma síndrome estudada no âmbito da Dislexiologia, um dos ramos da Psicolingüística Educacional. A Dislexiologia, definida como ciência da dislexia, é um termo criado pelo professor Vicente Martins (UVA), referindo-se aos estudos e pesquisas, no campo da Psicolingüística, que tratam das dificuldades de aprendizagem relacionadas com a linguagem escrita (dislexia, disgrafia e disortografia).
A dislexia, segundo Jean Dubois et al. (1993, p.197), é um defeito de aprendizagem da leitura caracterizado por dificuldades na correspondência entre símbolos gráficos, às vezes mal reconhecidos, e fonemas, muitas vezes, mal identificados.
A dislexia, segundo o lingüista, interessa de modo preponderante tanto à discriminação fonética quanto ao reconhecimento dos signos gráficos ou à transformação dos signos escritos em signos verbais.
A dislexia, para a Lingüística, assim, não é uma doença, mas um fracasso inesperado (defeito) na aprendizagem da leitura, sendo, pois, uma síndrome de origem lingüística.
As causas ou a etiologia da síndrome disléxica são várias e dependem do enfoque ou da análise do investigador. Aqui, tendemos a nos apoiar em aportes da análise lingüística e cognitiva ou simplesmente da Psicolingüística.
Muitas das causas da dislexia resultam de estudos comparativos entre disléxicos e bons leitores. Podemos indicar as seguintes:
  • a) Hipótese de déficit perceptivo;
  • b) Hipótese de déficit fonológico, e
  • c) Hipótese de déficit na memória.
Atualmente, os investigadores na área de Psicolingüística aplicada à educação escolar apresentam a hipótese de déficit fonológico como a que justificaria, por exemplo, o aparecimento de disléxicos com confusão espacial e articulatória.
Desse modo, são considerados sintomas da dislexia relativos à leitura e escrita os seguintes erros:
  • erros por confusões na proximidade especial:
  • confusões por proximidade articulatória e seqüelas de distúrbios de fala:
    • a) confusões por proximidade articulatória;
    • b) omissões de grafemas, e
    • c) omissões de sílabas.
As características lingüísticas, envolvendo as habilidades de leitura e escrita, mais marcantes das crianças disléxicas, são:
  • a acumulação e persistência de seus erros de soletração ao ler e de ortografia ao escrever;
  • confusão entre letras, sílabas ou palavras com diferenças sutis de grafia: a-o; c-o; e-c; f-t; h-n; i-j; m-n; v-u; etc;
  • confusão entre letras, sílabas ou palavras com grafia similar, mas com diferente orientação no espaço: b-d; b-p; d-b; d-p; d-q; n-u; w-m; a-e;
  • confusão entre letras que possuem um ponto de articulação comum, e, cujos sons são acusticamente próximos: d-t; j-x;c-g;m-b-p; v-f;
  • inversões parciais ou totais de sílabas ou palavras: me-em; sol-los; som-mos; sal-las; pal-pla.
Segundo Mabel Condemarín (1987, p.23), outras perturbações da aprendizagem podem acompanhar os disléxicos,:
  • Alterações na memória
  • Alterações na memória de séries e seqüências
  • Orientação direita-esquerda
  • Linguagem escrita
  • Dificuldades em matemática
  • Confusão com relação às tarefas escolares
  • Pobreza de vocabulário
  • Escassez de conhecimentos prévios (memória de longo prazo)
Agora, uma pergunta pode advir: Quais as causas ou fatores de ordem pedagógico-lingüística que favorecem a aparição das dislexias?
De modo geral, indicaremos as causas de ordem pedagógica, a começar por:
Atuação de docente não qualificado para o ensino da língua materna (por exemplo, um professor ou professora sem formação superior na área de magistério escolar ou sem formação pedagógica, em nível médio, que desconheça a fonologia aplicada à alfabetização ou conhecimentos lingüísticos e metalingüísticos aplicados aos processos de leitura e escrita).
  • Crianças com tendência à inversão
  • Crianças com deficiência de memória de curto prazo
  • Crianças com dificuldades na discriminação de fonemas (vogais e consoantes)
  • Vocabulário pobre
  • Alterações na relação figura-fundo
  • Conflitos emocionais
  • O meio social
  • As crianças com dislalia
  • Crianças com lesão cerebral
No caso da criança em idade escolar, a Psicolingüística define a dislexia como um fracasso inesperado na aprendizagem da leitura (dislexia), da escrita (disgrafia) e da ortografia (disortografia) na idade prevista em que essas habilidades já devem ser automatizadas. É o que se denomina de dislexia de desenvolvimento.
No caso de adulto, tais dificuldades quando ocorrem depois de um acidente vascular cerebral (AVC) ou traumatismo cerebral, dizemos que se trata de dislexia adquirida.

 

As Escolas                                                     

A maioria das escolas do Brasil não dá suporte a crianças e adolecentes com dislexia, algumas nem ao menos têm conhecimento do problema. Tais alunos são tratados como os normais, e o possível baixo rendimento não é associado à consequência da doença.
A dislexia, como dificuldade de aprendizagem, verificada na educação escolar, é um distúrbio de leitura e de escrita que ocorre na educação infantil e no ensino fundamental. Em geral, a criança tem dificuldade em aprender a ler e escrever e, especialmente, em escrever corretamente sem erros de ortografia, mesmo tendo o Quociente de Inteligência (QI) acima da média.
Além do QI acima da média, o psicólogo Jesus Nicasio García, assinala que devem ser excluídas do diagnóstico do transtorno da leitura as crianças com deficiência mental, com escolarização escassa ou inadequada e com déficits auditivos ou visuais (1998, p. 144).
Tomando por base a proposta de Mabel Condemarín (l989, p. 55), a dificuldade de aprendizagem relacionada com a linguagem (leitura, escrita e ortografia), pode ser inicial e informalmente (um diagnóstico mais preciso deve ser feito e confirmado por neurolingüista) diagnosticada pelo professor da língua materna, com formação na área de Letras e com habilitação em Pedagogia, que pode vir a realizar uma medição da velocidade da leitura da criança, utilizando, para tanto, a seguinte ficha de observação, com as seguintes questões a serem prontamente respondidas:
  • A criança movimenta os lábios ou murmura ao ler?
  • A criança movimenta a cabeça ao longo da linha?
  • Sua leitura silenciosa é mais rápida que a oral ou mantém o mesmo ritmo de velocidade?
  • A criança segue a linha com o dedo?
  • A criança faz excessivas fixações do olho ao longo da linha impressa?
  • A criança demonstra excessiva tensão ao ler?
  • A criança efetua excessivos retrocessos da vista ao ler?
Para o exame dos dois últimos pontos, é recomendável que o professor coloque um espelho do lado posto da página que a criança lê. O professor coloca-se atrás e nessa posição pode olhar no espelho os movimentos dos olhos da criança.
O cloze, que consiste em pedir à criança para completar certas palavras omitidas no texto, pode ser importante aliado para o professor de língua materna determinar o nível de compreensibilidade do material de leitura (ALLIENDE: 1987, p.144)

2.  Disortografia

Disortografia é a dificuldade do aprendizado e do desenvolvimento da habilidade da linguagem escrita expressiva. Esta dificuldade pode ocorrer associada ou não a dificuldade de leitura, isto é, a dislexia.Considera-se que 90% das disortografias têm como causa um atraso de linguagem; estas são consideradas disortografias verdadeiras. Os 10% restantes têm como causa uma disfunção neuro-fisiológica.

Características das Disortografias

  1. .Troca de grafemas: Geralmente as trocas de grafemas que representam fonemas homorgânicos acontecem por problemas de discriminação auditiva. Quando a criança troca fonemas na fala, a tendência é que ela escreva apresentando as mesmas trocas, mesmo que os fonemas não sejam auditivamente semelhantes;
  2. . Falta de vontade de escrever;
  3. . Dificuldade em perceber as sinalizações gráficas (parágrafos, travessão, pontuação e acentuação);
  4. . Dificuldade no uso de coordenação/subordinação das orações;
  5. . Textos muito reduzidos;
  6. . Aglutinação ou separação indevida das palavras

3.  Discalculia

Discalculia (não confundir com acalculia) é definido como uma desordem neurológica específica que afeta a habilidade de uma pessoa de compreender e manipular números. A discalculia pode ser causada por um déficit de percepção visual. O termo discalculia é usado frequentemente ao consultar especificamente à inabilidade de executar operações matemáticas ou aritméticas, mas é definido por alguns profissionais educacionais como uma inabilidade mais fundamental para conceitualizar números como um conceito abstrato de quantidades comparativas.
É uma inabilidade menos conhecida, bem como e potencialmente relacionada a dislexia e a dispraxia. A discalculia ocorre em pessoas de qualquer nível de QI, mas significa que têm frequentemente problemas específicos com matemática, tempo, medida, etc. Discalculia (em sua definição mais geral) não é rara. Muitas daquelas com dislexia ou dispraxia tem discalculia também. Há também alguma evidência para sugerir que este tipo de distúrbio é parcialmente hereditario.
A palavra discalculia vem do grego (dis, mal) e do Latin (calculare, contar) formando: contando mal. Essa palavra calculare vem, por sua vez, de cálculo, que significa o seixo ou um dos contadores em um ábaco.
Discalculia é um impedimento da matemática que vá adiante junto com um número de outras limitações, tais como a introspecção espacial, o tempo, a memória pobre, e os problemas de ortografia. Há indicações de que é um impedimento congênito ou hereditário, com um contexto neurológico. Discalculia atinge crianças e adultos.
Discalculia pode ser detectada em uma idade nova e medidas podem ser tomadas para facilitar o enfrentamento dos problemas dos estudantes mais novos. O problema principal está em compreender que o problema não é a matemática e sim a maneira que é ensinada às crianças. O modo que a dislexia pode ser tratada de usar uma aproximação ligeiramente diferente a ensinar. Entretanto, a discalculia é o menos conhecida destes tipos de desordem de aprendizagem e assim não é reconhecida frequentemente.

Sintomas potenciais

  • Dificuldades freqüentes com os números, confundindo as operações de adição, subtração, multiplicação e divisão.
  • Problemas de diferenciar entre esquerdo e direito.
  • Falta de senso de direção (para o norte, sul, leste, e oeste) e pode também ter dificuldade com um compasso.
  • A inabilidade de dizer qual de dois números é o maior.
  • Dificuldade com tabelas de tempo, aritmética mental, etc.
  • Melhor nos assuntos tais como a ciência e a geometria, que requerem a lógica mais que as fórmulas, até que um nível mais elevado que requer cálculos seja necessário.
  • Dificuldade com tempo conceitual e julgar a passagem do tempo.
  • Dificuldade com tarefas diárias como verificar a mudança e ler relógios analógicos.
  • A inabilidade de compreender o planejamento financeiro ou incluir no orçamento, nivelar às vezes em um nível básico, por exemplo, estimar o custo dos artigos em uma cesta de compras.
  • Tendo a dificuldade mental de estimar a medida de um objeto ou de uma distância (por exemplo, se algo está afastado 10 ou 20 metros).
  • Inabilidade de apreender e recordar conceitos matemáticos, régras, fórmulas, e seqüências matemáticas.
  • Dificuldade de manter a contagem durante jogos.
  • Dificuldade nas atividades que requerem processamento de seqüências, do exame (tal como etapas de dança) ao sumário (leitura, escrita e coisas sinalizar na ordem direita). Pode ter o problema mesmo com uma calculadora devido às dificuldades no processo da alimentação nas variáveis.
  • A circunstância pode conduzir em casos extremos a uma fobia da matemática e de dispositivos matemáticos (por exemplo números).

Causas potenciais

Os cientistas procuram ainda compreender as causas da discalculia, e para isso têm investigado em diversos domínios.
  • Neurológico: Discalculia foi associada com as lesões ao supramarginal e os giros angulares na junção entre os lóbulos temporal e parietal do cortex cerebral.
  • Déficits na memória trabalhando: Adams e Hitch discutem que a memória trabalhando é um fator principal na adição mental. Desta base, Geary conduziu um estudo que sugerisse que era um deficit de memória para aqueles que sofreram de discalculia. Entretanto, os problemas trabalhando da memória são confundidos com dificuldades de aprendizagem gerais, assim os resultados de Geary não podem ser específicos ao discalculia mas podem refletir um déficit de aprendizagem maiores.
Pesquisas feitas por estudiosos de matemática mostraram aumento da atividade de EEG no hemisfério direito durante o processo de cálculo algorítmico. Há alguma evidência de déficits direitos do hemisfério na discalculia.
Outras causas podem ser:
  • Um quociente de inteligência baixo (menos de 70, embora as pessoas com o QI normal ou elevado possam também ter discalculia).
  • Um estudante que tem um instrutor cujo o método de ensinar a matemática seja duro de compreender para o estudante.
  • Memória a curto prazo que está sendo perturbada ou reduzida, fazendo-a difícil de recordar cálculos.
  • Desordem congênita ou hereditária. As indicações da mostra dos estudos desta, mas não são ainda concreto.
  • Uma combinação destes fatores.
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA 
( DISCALCULIA )

As dificuldades que os alunos tem em Matemática, algumas de suas causas e caminhos que podem contribuir para que pais, professores e a equipe escolar possam identificar as dificuldades dos alunos e contribuir para seu êxito. A discalculia, suas características e diagnóstico.

Como uma criança pode ler um parágrafo em voz em voz alta  e não recordar seu conteúdo cinco minutos depois?

Como um aluno que lê três anos à frente do nível de sua série apresenta um trabalho por escrito completamente incompreensível?

Como um adolescente se sai muito bem em geometria e tem um desempenho inferior em álgebra?

O que esses três estudantes têm em comum?

O que as crianças, adolescentes e adultos com dificuldades de aprendizagem (DA) 1 têm em comum é o baixo desempenho inesperado.

De acordo com o National Joint Committee on Learning Disabilities –NJCLD2 ,

“Dificuldades de aprendizagem” é um termo genérico que diz respeito a um grupo heterogêneo de desordens manifestadas por problemas significativos na aquisição e uso das capacidades de escuta, fala, leitura, escrita, raciocínio ou matemáticas.

As dificuldades de aprendizagem raramente têm uma única causa. Supostamente têm base biológica (Lesão cerebral, alterações no desenvolvimento cerebral, desequilíbrios químicos, hereditariedade). Mas é o ambiente-família, escola, comunidade - que determina a gravidade do impacto da dificuldade.

Vários autores, como Sara Pain, Alicia Fernández, Maria Lucia Weiss, chamam atenção para o fato de que a maior percentual de fracasso na produção escolar, de crianças encaminhadas a consultórios e clínicas, encontram-se no âmbito do problema de aprendizagem reativo, produzido e incrementado pelo próprio ambiente escolar.
Na pessoa com dificuldade, o desempenho não é compatível com a capacidade cognitiva; a dificuldade ultrapassa a enfrentada por seus colegas de turma sendo, geralmente, resistente ao seu esforço pessoal e ao de seus professores em superá-la, gerando uma auto estima negativa podendo também  surgir comportamento que causam problemas de aprendizagem, complicando as dificuldades na escola.

Os problemas na aprendizagem de Matemática que são apontados em todos os níveis de ensino não são novos: De geração a geração a Matemática ocupa o posto de disciplina mais difícil e odiada, o que torna difícil sua assimilação pelos estudantes. Por isso, antes de falar em dificuldades de aprendizagem em Matemática é necessário verificar se o problema não está no currículo ou na metodologia utilizada.

Algumas causas das dificuldades de aprendizagem em matemática

§   Ansiedade e medo de fracassar dos estudantes em conseqüência de atitudes transmitidas por pais e professores e da metodologia e dos conteúdos muitas vezes inadequados.

§   A falta de motivação, que pode ter sua origem na relação da própria família com os estudos (falta de importância dada pelos pais ao conhecimento em si; na ligação da escola com castigos ou a algum tipo de pressão; questões emocionais - ansiedade e agitação gerados por  acontecimentos novos; ansiedade exagerada causada pelos efeitos de medicamentos que interferem no ânimo ou causam problemas de memória ou concentração; problemas de maturação do Sistema Nervoso Central; Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade – TDAH.

§   Distúrbios de memória auditiva:
a.       A criança não consegue ouvir os enunciados que lhes são passados oralmente, sendo assim, não conseguem guardar os fatos, isto lhe incapacitaria para resolver os problemas matemáticos.
b.      Problemas de reorganização auditiva: a criança reconhece o numero quando ouve, mas tem dificuldade de lembrar-se do número com rapidez.

§   Distúrbios de percepção visual: A criança pode trocar 6 por 9, ou 3 por 8 ou 2 por 5 por exemplo. Por não conseguirem se lembrar da aparência elas têm dificuldade em realizar cálculos.
§   Distúrbios de escrita: Crianças com disgrafia têm dificuldade de escrever letras e números.

§   Distúrbios de leitura: Os disléxicos3 e outras crianças com distúrbios de leitura apresentam dificuldade em ler o enunciado do problema, mas podem fazer cálculos quando o problema é lido em voz alta. É bom lembrar que os disléxicos podem ser excelentes matemáticos, tendo habilidade de visualização em três dimensões, que as ajudam a assimilar conceitos, podendo resolver cálculos mentalmente mesmo sem decompor o cálculo. Podem apresentar dificuldade na leitura do problema, mas não na interpretação.

A DISCALCULIA
Confusões com os sinais matemáticos e dificuldades para fazer simples continhas podem estar ligadas a um distúrbio neurológico.

Semelhante à dislexia - dificuldade com o aprendizado da leitura e da escrita -, a discalculia infantil ocorre em razão de uma falha na formação dos circuitos neuronais, ou seja, na rede por onde passam os impulsos nervosos. Normalmente os neurônios - células do sistema nervoso - transmitem informações quimicamente através de uma rede. A falha de quem sofre de discalculia está na conexão dos neurônios localizados na parte superior do cérebro, área responsável pelo reconhecimento dos símbolos.

Não é uma doença e não é, necessariamente, uma condição crônica. Em geral é encontrada em combinação com o Transtorno da Leitura, Transtorno da Expressão Escrita, do TDHA. Não é relacionada à ausência de habilidades matemáticas básicas, como contagem, mas na forma com que a criança associa essas habilidades com o mundo que a cerca. Estima-se que apenas 1% das crianças em idade escolar tem Transtorno da Matemática isoladamente.

Requisitos necessários para o aprendizado de matemática e as dificuldades causadas pela discalculia:

APTIDÕES ESPERADAS
DIFICULDADES

3 a 6 anos

Ter compreensão dos conceitos de igual e diferente, curto e longo, grande e pequeno, menos que e mais que. Classificar objetos pelo tamanho, cor e forma Reconhecer números de 0 a 9 e contar até 10. Nomear formas. Reproduzir formas e figuras.

Problemas em nomear quantidades matemáticas, números, termos, símbolos
Insucesso ao enumerar, comparar, manipular objetos reais ou em imagens

6 a 12 anos

Agrupar objetos de 10 em 10. Ler e escrever de 0 a 99. Nomear o valor do dinheiro. Dizer a hora. Realizar operações matemáticas como soma e subtração. Começar a usar mapas. Compreender metades, quartas partes e números ordinais.  

Leitura e escrita incorreta dos símbolos matemáticos

12 a 16 anos

Capacidade para usar números na vida cotidiana. Uso de calculadoras. Leitura de quadros, gráficos e mapas. Entendimento do conceito de probabilidade. Desenvolvimento de problemas.
   Falta de compreensão dos conceitos matemáticos
   Dificuldade na execução mental e concreta de cálculos      numéricos

Na discalculia, a capacidade matemática para a realização de operações aritméticas, cálculo e raciocínio matemático, encontra-se substancialmente inferior à média esperada para a idade cronológica, capacidade intelectual e nível de escolaridade do indivíduo.

As dificuldades da capacidade matemática apresentadas pelo indivíduo trazem prejuízos significativos em tarefas da vida diária que exigem tal habilidade. Em caso de presença de algum déficit sensorial, as dificuldades matemáticas excedem aquelas geralmente a este associadas.

Diversas habilidades podem estar prejudicadas na discalculia:

§  Lingüísticas (compreensão e nomeação de termos, operações ou conceitos matemáticos, e transposição de problemas escritos em símbolos matemáticos).

§  Perceptuais (reconhecimento de símbolos numéricos ou aritméticos, ou agrupamento de objetos em conjuntos).

§  De atenção (copiar números ou cifras, observar sinais de operação).

§  Matemáticas (dar seqüência a etapas matemáticas, contar objetos e aprender tabuadas de multiplicação).

Dificuldade na leitura, escrita e compreensão de números; em realizar operações matemáticas, classificar números e colocá-los em seqüência; na compreensão de conceitos matemáticos; em lidar com dinheiro e em aprender a ver as horas, etc.

O diagnóstico
Na pré-escola, já é possível notar algum sinal do distúrbio, quando a criança apresenta dificuldade em responder às relações matemáticas propostas - como igual e diferente, pequeno e grande. Mas ainda é cedo para um diagnóstico preciso. É só a partir dos 7 ou 8 anos, com a introdução dos símbolos específicos da matemática e das operações básicas, que os sintomas se tornam mais visíveis.

É importante chegar a um diagnóstico o mais rapidamente para iniciar as intervenções adequadas. O diagnóstico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar - Neurologista, Psicopedagogo, Fonoaudiólogo, Psicólogo - para um encaminhamento correto. Não devemos ignorar que a participação da família e da escola é fundamental no reconhecimento dos sinais de dificuldades.

Porém, devemos ter muita cautela quanto ao diagnóstico da discalculia ou qualquer DA. Apesar de o professor dizer que não faz um diagnóstico da criança, ele estabelece que as dificuldades de aprendizagem são possíveis transtornos específicos de aprendizagem, tendo como causas a imaturidade, problemas psicológicos e sociais, justificado assim o por quê da criança não aprender.

Antes de diagnosticar a discalculia, devem ser eliminadas outras causas de dificuldades, como o ensino inadequado ou incorreto; os problemas com visão; audição ou os danos ou doenças neurológicas e doenças psiquiátricas.
Devemos eliminar também a possibilidade de a criança apresentar acalculia ou pseudo discalculia.

A acalculia é a total falta de habilidade para desenvolver qualquer tarefa matemática, que geralmente indica um dano cerebral. O problema aparece quando a criança é incapaz de aprender os princípios básicos de contagem. A falta de habilidade se torna mais evidente quando vai aprender a ordem dos números de 1 -10 ou quando vai resolver uma simples adição de 4 + 2 = 6. O grupo de pessoas com acalculia representa menos de 1% da população.

A pseudo discalculia apresenta características semelhantes às da discalculia, mas é resultado de bloqueios emocionais. O estudante tem habilidade cognitiva para ter êxito em matemática. As meninas são a maioria esmagadora de estudantes com pseudo discalculia. Os comentários negativos dos meninos levam à falta de confiança. Para superar esta dificuldade o caminho são conversas com pais, professores e Orientador(a) Educacional; trabalho psicopedagógico para elevar auto estima da criança e, nos casos mais difíceis, acompanhamento de Psicólogo.

Efeitos

O desconhecimento dos pais, professores e até colegas podem abalar ainda mais a auto-estima do estudante com críticas e punições.
A discalculia pode comprometer o desenvolvimento escolar de maneira mais ampla.

Inseguro devido à sua limitação, o estudante geralmente tem medo de enfrentar novas experiências de aprendizagem por acreditar que não é capaz de evoluir. Pode também adotar comportamentos inadequados tornando-se agressiva, apática ou desinteressada.

Alguns caminhos

A intervenção psicopedagógica propõe melhorar a imagem que a criança tem de si mesma, valorizando as atividades nas quais ela se sai bem; descobrir como é o seu próprio processo de aprendizagem - às vezes, ela tem um modo de raciocinar que não é o padrão, estabelecendo uma lógica particular que foge ao usual - e a partir daí trabalhar uma série de exercícios neuromotores e gráficos que vão ajudá-la a trabalhar melhor com os símbolos e com os jogos, que irão ajudar na seriação, classificação, habilidades psicomotoras, habilidades espaciais, contagem.

Quanto à gestão, é necessário que dê aos professores condições para que desenvolvam atividades específicas com este aluno, sem necessidade de isolá-lo do resto da turma nas outras disciplinas. Para isso, é importante disponibilizar:

§  Desenvolvimento profissional para a equipe de professores.
§  Tempo adequado para planejamento e colaboração entre eles.
§  Turmas com um tamanho adequado para o desenvolvimento do trabalho.
§  Profissionais e auxílio técnico apropriado.

As atividades interdisciplinares e transdisciplinares de cultura matemática são muitas. A tarefa central do professor é saber sistematizar a informação recolhida, organizar os tempos e os espaços adequados, tendo sempre presente os interesses, as motivações, as dificuldades, as potencialidades intelectuais relacionadas com a faixa etária dos alunos. Com o apoio necessário, o professor tem a incumbência de:

§  Planejar atividades que facilitem o sucesso do aluno, a fim de melhorar seu auto conceito e aumentar sua auto-estima.
§  Utilizar métodos variados.
§  Explicar ao aluno suas dificuldades e diga que está ali para ajudá-lo sempre que precisar.
§  Não forçar o aluno a fazer as lições quando estiver nervoso por não ter conseguido.
§  Propor jogos na sala.
§  Procurar usar situações concretas, nos problemas.
§  Permitir o uso de uma calculadora.
§  Oferecer fácil acesso às tabelas e listas de fórmulas (não exija que o aluno memorize).
§  Dar mais tempo para o aluno fazer a tarefa.
§  Utilizar recursos tecnológicos disponíveis.

Possibilidades

A discalculia pode ser curada?  
Sim. O diagnóstico discalculia é sempre apenas uma descrição do atual estágio de desenvolvimento, aplicável por um período máximo de um ano. Como a criança desenvolve, as dificuldades que existiam no ano anterior podem ter minimizado ou quase desaparecem. Se a criança está recebendo tratamento adequado, a possibilidade de desenvolvimento da capacidade matemática é grande. No entanto, muitas vezes algumas partes das dificuldades permanecem de uma forma suave. Por exemplo, as dificuldades em recordar fatos numéricos. É comum que os estudantes continuem a ter características destas dificuldades, de uma forma suave, em toda a vida adulta. A capacidade de concentração, no entanto, geralmente melhora consideravelmente, e muitas vezes vem com a compreensão de conceitos matemáticos e símbolos.

As avaliações são somente válidas por um tempo relativamente curto: Um ano para crianças e adolescente e menos de dois anos para adultos. Muitas vezes algumas partes das dificuldades permanecem de uma forma suave, por exemplo, as dificuldades em recordar fatos numéricos. É habitual que os estudantes irão continuar a ter características destas dificuldades, de uma forma suave, em toda a vida adulta. Capacidade de concentração, no entanto, geralmente melhora consideravelmente, e que muitas vezes vem com a compreensão de conceitos matemáticos e símbolos.

CONCLUSÃO

É um grande desafio identificar, diagnosticar e fazer as intervenções necessárias para que a aprendizagem do aluno seja satisfatória, para sua vida acadêmica e para sua auto estima. É necessário atenção para não rotular, condenando um aluno para o resto de sua vida.

As dificuldades de aprendizagem ainda são assunto pouco explorado nas escolas. O diagnóstico equivocado leva a encaminhamento para tratamentos desnecessários e à exclusão, tirando a oportunidade do aluno de superar suas dificuldades.

É preciso levar o tema para dentro da escola - não como assunto pontual, mas numa discussão permanente -, contemplando as diversas dimensões da vida do aluno, como mais um instrumento para seu desenvolvimento integral, visto que as dificuldades de aprendizagem não têm como causa apenas um fator.
  
Notas
1-       No conceito de DA incluem-se quaisquer obstáculos, intrínsecos ou
extrínsecos, que impedem um indivíduo de realizar uma determinada
aprendizagem.
2-       Conjunto de 10 organizações profissionais americanas, todas elas interessadas no estudo das dificuldades de aprendizagem.
3-       A dislexia é definida como um déficit no desenvolvimento do reconhecimento e compreensão dos textos escritos. A criança disléxica possui uma inabilidade para contar para trás de dois em dois ou três em três, ela não tem compreensão da ordem e estrutura do sistema numérico, dificuldade para aprender tabuada.

4-      Alguns comportamentos que causam problemas de aprendizagem complicando as dificuldades na escola:
Falta de controle dos impulsos - toca tudo ou todos que despertam seu interesse, verbaliza suas observações sem pensar, interrompe ou muda abruptamente de assunto em conversas, tem dificuldade para esperar ou revezar com outras pessoas.
Dificuldade para seguir instruções - pede ajuda repetidamente mesmo nas tarefas mais simples (os enganos são cometidos porque as instruções não são completamente entendidas.
Dificuldade de conversação - dificuldade em encontrar as palavras certas, ou perambula sem cessar tentando encontrá-las
Distração - freqüentemente perde a lição, as roupas e outros objetos seus, esquece de fazer as tarefas e trabalhos, tem dificuldade em lembrar compromissos ou ocasiões sociais.
Inflexibilidade - teima em fazer as coisas à sua maneira, mesmo que esta não funcione, resiste a sugestões e a ofertas de ajuda.
Fraco planejamento e habilidades organizacionais - parece não ter noção de tempo e com freqüência chega atrasada ou despreparada, não tem idéia de como começar ou de como dividir o trabalho em segmentos manejáveis quando lhe são dadas várias tarefas ou uma tarefa complexa com várias partes.

Falta de destreza - parece desajeitada e sem coordenação – geralmente deixa cair as coisas ou as derrama – ou apalpa e derruba os objetos, pode ter uma caligrafia péssima, é vista como completamente inepta em esportes e jogos.

Imaturidade social - age como se fosse mais jovem que sua idade cronológica e pode preferir brincar com crianças menores.